Resenha: Percy Jackson e o Mar de Monstros – Thor Freudenthal

Bem, chegou o momento que eu pensei que não veria tão cedo: resenhar Percy Jackson e o Mar de Monstros! Depois de assistir aquele Percy Jackson e o Ladrão de Raios que me tirou do sério, que odiei, que me fez perguntar o que tinham feito com a estória; que mudaram completamente e nem parecia uma adaptação, a unica coisa que não mudaram foram os nomes das personagens, não via como continuarem a saga sem ficar tudo uma mistura de milk-shake com queijo coalho. Mas depois que vi uma noticia confirmando uma continuação me vi dividido entre querer e não querer assistir.

Primeiramente já quero deixar bem claro que vou fazer comparações entre livro-filme, ou seja, sobre a adaptação, e não adianta vir falar que filme não é igual ao livro pois eu sei. Então, ok!

O filme começa com Percy Jackson narrando como Annabeth, Luke e Thalia chegaram até o Acampamento Meio-Sangue, quando estavam sendo perseguidos por ciclopes e, Thalia para salvar a vida de seus amigos, decide enfrenta-los. Enquanto eles correm para o acampamento, Thalia acaba sendo atacada por um ciclope e acaba caindo no chão, consequentemente, morrendo. Seu pai, Zeus, vendo o que aconteceu decide transformar sua filha em arvore para que a alma dela não vá para o tártaro. A arvore protege a e também cria uma barreira em volta do acampamento, não deixando ninguém indesejado entrar.

Depois a estória começa realmente, Percy descobre que tem um irmão ciclope, fruto do amor de seu pai com espíritos da natureza. E depois aparece um touro louco – de Colchis – que consegue quebrar a barreira, tudo graças a Luke que envenenou a arvore. Para restaurar a proteção do acampamento é enviado Clarisse e um sátiro – o melhor -, mas é obvio que Percy, Annabeth, Grover e Tyson vão escondidos para a missão.

Pronto, resumi um pouco a estória. Agora vem minhas singelas opiniões sobre o que achei dessa adaptação.

O filme melhorou muito se comparado com o primeiro. Mais coisas que continha no livro foram colocadas, o filme parece ter um propósito claro, e definitivamente não é annoying como o primeiro. Como faz tempo que li Percy Jackson e os Olimpianos não me lembro com detalhes, mas o primeiro tinha mudado totalmente a premissa, as personagens. Ufa! Era tanta coisa errada que nunca pensei iria ter continuação, mas teve. E por mais estranho que pareça, o segundo é muito – mesmo – melhor que seu antecessor. É obvio que há algumas mudanças na trama, coisa que existe em qualquer filme, algumas cenas que tinha no livro foram retiradas ou modificadas – como o Grover vestido de noiva, que teria sido muito engraçado; o Spa da Circe onde Percy vira um porquinho-da-india, rs! etc…) – mas num todo não é algo realmente muito ruim. Não estraga a diversão.

Minha surpresa foi ter gostado, tanto que até hoje não acredito nisso. Sabe quando você não gosta de uma coisa mas quer ver a continuação, como se estivesse com uma ponta de esperança que seja melhor? Então, foi assim.

Das personagens, não tenho muito do que comentar, o elenco anterior continua legal, não tendo ninguém que me irrite. Clarisse – aleluia irmão colocaram-na no filme – não é muito parecida com a do livro, aqui ela é bonita – até demais -, menos arrogante, e até, olha só, tem medo de ciclopes, fora isso é uma personagem que não tem espaço pra crescer – acho que nenhuma tem, quer seja principal ou não – então é só normal, legal. Quiron, que teve seu ator mudado, ganhou um carisma que não tinha antes. Thalia não aparece muito, então a unica coisa que chama a antenção é a sua beleza muito bonita, rs. Tyson eu nem sei o que dizer, quando estava a ler o livro o imaginava como um ciclope daqueles de filmes e desajustado, coisa que no filme não existe. Ele tem só um olho, é meio tontinho, mas é bonito (não que seja problema, sei lá), enfim, é engraçado na parte em que ele está na mesa junto com os outros, falando com a Clarisse, e do nada fala “vaca” e prossegue “sinto cheiro de vaca”, no caso era o Touro de Colchis. Mas legal mesmo é Dionísio, o Deus do vinho, que foi condenado a passar alguns anos no acampamento, errando toda vez os nomes das personagens – menos da Clarisse e outros -, não podendo beber vinho tendo que se contentar com água no filme e Coca Zero no livro. Tem Hermes também que é engraçado e parece que é gay com as frases que diz.

Mas nem tudo se salva. Os efeitos especiais são horas bons, horas totalmente ruins, talvez pelo fato da produtora que fez ter falido durante o filme. Mesmo assim é muito chato ver efeitos tão porcos e outros bons. Para um filme de 90 milhões de dólares se espera algo melhor.

Concluindo, é um bom filme família, que talvez nem todos gostem (no Rotten Tomatoes o primeiro tem 49% de aprovação e o segundo 38% em relação a média de criticas, já em relação ao público o primeiro teve 54% e o segundo 61%) que recomendo sim assistirem, e que não eleva a série a outro patamar mas também não deixa pior que o primeiro. Com certeza quero continuação, mas não sei se terá porque arrecadou um pouco mais de 170 milhões de dólares em todo o mundo, mas como ainda está em cartaz pode aumentar.

Assistam logo ao filme, acho que nem vale o 3-D, e tirem suas próprias conclusões. Agora é só esperar para a Maldição do Titã.

Até pessoal a próxima resenha! :p :).